O Amor Abre os Olhos

Sinopse: Eles tinham tudo para ser o casal ideal, o casal perfeito, mas por um descuido dele o casamento caiu na rotina.
O que se fazer quando se é traída O que acontece quando você pensa que conhece uma pessoa, mas descobre que essa pessoa é totalmente diferente
Quando o passado e a verdade vem a tona, como lidar com isso
E o mais importante é saber o que fazer quando se perde o amor da sua vida em um acidente aéreo. Superar Tentar ir junto Ou plesmente rezar e pedir para ela voltar, sabendo que é impossível
Será que sonhos são premonições Será que quando dormimos nosso subconsciente nos leva a um lugar futuro onde nos mostra os caminhos que devemos seguir Ou será que é o amor que nos mostra tudo isso, mesmo estando escondido ou guardado
Edward fez suas escolhas, agora só resta ao amor que ele sente por Bella, para saber que caminho irá seguir.
E essa One Shot nos retrata um pedacinho desse caminho.

Me casei com Edward aos dezoito anos, logo depois que terminamos o colegial, fizemos faculdade juntos e nos tornamos os melhores no ramo que escolhemos. Nosso casamento era movido à amor, fidelidade e respeito. Sempre foi assim, desde o começo de namoro, éramos acima de tudo amigos e confiávamos uns nos outros.

Mas, de um tempo pra cá, Edward mudou, ele não é mais aquele homem carinhoso que dizia que me amava; sai e volta altas horas, não da satisfações de nada, e muitas vezes fica dias fora de casa.

E a resposta para minhas perguntas sempre esteve a minha frente: Edward me traia. Só não entendo o porquê. Sempre fui dedicada, faço tudo o que ele quer. Meu casamento esta às ruínas, mas não vou me separar dele, vou deixar rolar e deixar o casamento... cair na rotina, como muitos dizem, e ele pode viver como se fosse solteiro.

Sai do apartamento de Tânia, uma das minhas mais novas amantes. Sim, sou casado, mas namorei sério uma única garota em toda a minha vida, que se tornou minha esposa, mas com o tempo eu cansei de ter a mesma pessoa todos os dias, por isso minha primeira amante foi minha secretaria, típico, eu sei, mas bastou isso para eu querer sair com outras.

Cheguei em casa e a encontrei no sofá vendo televisão, coloquei as chaves na mesinha que havia no centro da sala e me sentei ao seu lado, pegando um pouco de pipoca.

-Oi.- Eu disse sem desviar o olhar da televisão, ela estava vendo filme de terror, seu gênero favorito.

-Oi.- Ela disse também sem desgrudar da televisão. Silencio. Tenso. Era assim que ficávamos agora, prestei mais atenção no filme.

Realmente era um filme pesado, onde envolvia mortes sem sentido, espíritos e fantasmas. Sorri ao lembrar-me de quando namorávamos, nunca brigamos por causa de filmes, afinal, também prefiro terror que romance e drama.

-Não acredito, que idiota que essa garota é.- Ela resmungou após - a que eu tenho a impressão de ser a atriz principal- aceitar ajuda de um cara, não peguei o começo do filme, não sei do que se trata e nem nada do tipo.

-O quê?- Perguntei, olhando em seu rosto. Ela não é feia, longe disso, tem traços delicados, pele clara, cabelos até a cintura, é gentil, carinhosa, destemida e forte quando quer, e varias outras qualificações, não entendo porquê eu deixei de amá-la.

-Essa garota é uma idiota por cair na conversa desse cara, ele diz que é casado mas não ama a esposa, só esta com ela por convivência, e o mais interessante, ele é um dos assassinos que esta junto com o fantasma chefe. Não sei onde esse povo esta com a cabeça. - Ela disse irritada e eu gargalhei.

-Não a culpe, ela não é uma perita como você. - Eu disse e a abracei, era assim há algum tempo, nos tratávamos como dois estranhos, dois amigos. - Eu vou dormir.

Nem esperei sua resposta, fui direto para o quarto, tomei um banho relaxante, coloquei o pijama e me deitei na cama.

Rolava de um lado para o outro e nada do sono vir, Bella também não vinha para a cama, olhei no relógio, uma da manhã, estranhei, o filme não é tão cumprido assim. Ignorei o fato e tentei dormir outra vez.

Mas o sono não veio, a cama parecia vazia, gelada, não havia o peso e o calor habitual, a respiração, as batidas do coração que eu sempre escutava. A cama era grande demais para uma única pessoa, e com esses pensamentos adormeci.

Acordei a cama estava vazia ao meu lado, o travesseiro dela não estava na cama, fiz minha higiene matinal e fui para a cozinha, encontrando-a lá.

-Por que não foi dormir no quarto? - Perguntei, ela deu de ombros e não respondeu. - Eu te fiz uma pergunta, não vai responder?

-Eu não quero mais dormir na mesma cama que você, eu simplesmente tenho nojo de você. - Ela disse tranquilamente e isso me deu muita raiva.

-Quem você pensa que é para falar assim? Você é minha esposa, tem que dormir todos os dias comigo. - Eu disse com raiva, me levantando da mesa, ela também se levantou, com raiva.

-AAH! Agora você lembra que tem esposa não é Edward? Engraçado, acho que ontem a noite antes de chegar em casa, quando estava gemendo na cama de outra não se lembrou que era casado não é? - Eu fiquei chocado pelas suas palavras, e ela sorriu. - Você realmente pensou que me enganaria Edward? Realmente pensou que do dia da festa da empresa eu não vi você saindo com a vadia da sua secretaria sorrateiramente? Sabe, eu fiz vista grossa todos esses anos, ignorei o fato de você sair a noite sem explicações nenhuma, de ter perfumes diferentes no seu terno, de você chegar todo amarrotado, de não dizer mais que me ama. Nem me beijar você beija, Edward. Por isso cansei, não lhe darei o divórcio, pois não quero que Esme e Carlisle sofram, eles não merecem saber do filho que têm.

Eu fiquei sem palavras, pensei que ela não perceberia nada disso, mas também fui um idiota de pensar assim, ela como a ótima perita que é não deixaria os detalhes escapar e de quebra ela ainda é muito perfeccionista, eu fui responder, mas a campainha tocou, Bella foi atender e eu fui atrás.

Assim que ela abriu a porta não pude deixar de fazer careta, Taylor e Jacob –irmãos gêmeos - estavam ali, parados na porta sorrindo, olharam Bella de cima a baixo e depois de muito tempo, senti ciúmes dessa atitude.

-Bells minha rosa, flor do meu jardim... - Taylor disse, abraçou-a fazendo-a rir.

-Ela é a rosa do seu jardim e o amor da minha vida. Ainda esta solteira baby? - Jacob, o pior dos dois, perguntou na maior cara de pau, a abraçando, ele sempre cantou ela, o que me fazia e ainda faz ficar cego de ciúmes.

-Oi meus queridos, que saudades de vocês. - Ela disse sorrindo, um sorriso verdadeiro, que a tempos não via. Parece que ela me esqueceu, mas fiz minha presença pigarreando.

-Olá. - Fui seco e eles pareceram notar minha presença.

-Oi Edward. - Disseram juntos.

-Venham, entrem. - Bella estava sorrindo de mais para meu gosto, eles entraram e sentaram-se no sofá.

-Bella, vamos direto ao ponto... - Taylor começou serio.

-Precisamos de sua ajuda. - Jacob completou olhando-a nos olhos.

-Com...? - Bella perguntou cautelosamente e eu somente observava.

-Não estamos conseguindo resolver um caso e você é nossa melhor perita, não pensamos em ninguém melhor que você. - Taylor disse com convicção, Bella aceitou prontamente, e percebi que essa era a minha deixa. Fui para a empresa, onde minha secretaria me esperava fogosa e pronta para uma boa foda como sempre.

[...]

Em mês já se passou desde que ela voltou a trabalhar e cada vez mais nós brigávamos, ora por motivos bobos, hora por eu chegar atrasado. E eu a traía cada vez mais, quase não parava em casa a noite, e quando voltava já era madrugada, e ela estava dormindo, no nosso quarto, depois de tentar convencê-la o que foi quase impossível, mas consegui.

Eu a fitava dormindo, era simplesmente incrível, seu rosto mostrava a delicadeza e a expressão séria que ela sempre teve, desde quando a conheci, seus olhos sempre estavam inchados pelo choro prolongado.

Tomei banho, coloquei meu pijama e deitei ao seu lado, esperando o sono vir, rolei ficando de frente dela, deixando minha mente vagar, estava quase pegando no sono, quando o celular de Bella começa a tocar, ouço-a resmungar e finjo estar dormindo.

-Alô?- Sua voz embargada do sono e choro de mais cedo, eram evidentes. - Que horas são primeiramente? - Ela perguntou ainda deitada de olhos fechados. - Porra Jacob, eu cheguei do distrito a uma da manhã quando terminei de concluir o caso, demorei quase uma hora para dormir, e você me chama? - Silêncio, a ouvi bufar e ficar tensa. - Eu estou indo pra ai agora mesmo. - Ela se levantou como um jato e logo havia se trocado, estava saindo mais uma vez.

Mais um mês se passou e nada de eu e Bella conversar ou brigar, motivo? Simples, ela não parava mais em casa, não tenho tempo de ver se ela está bem, pois quando chego em casa, logo ela sai, ou vice versa, não sei nem se ela dorme em casa quando durmo, pois sempre que eu chego ela não está.

Cheguei em casa mais cedo e ouvi vozes, estranhei, afinal fazia muito tempo que não entrava ninguém em casa, e essa voz era de Bella e Jacob. Será que eles estavam tendo um caso? É bem provável, já que eu também saio com outras, e isso explica o fato de ela quase nem estar em casa, mas uma coisa que eu nunca fiz: trazer uma de minhas amantes pra cá. Subi as escadas de fininho, para ver e confirmar minha tese.

-Isabella, você esta me ouvindo? Não quero ver você com excesso de trabalho, tem que se alimentar direito e o mais importante: não de uma de vampira e fique tanto tempo sem dormir. - Jacob estava a repreendendo, mas como assim sem dormir? - Não adianta me olhar com cara feia, pois quem faz cara feia está com fome. - Silêncio. - Você está com fome? Tudo bem, vou preparar algo pra você. - A porta se abriu e a visão que eu tive me deixou assustado, Jacob passou por mim e ouvi os lábios de Bella se mexerem.

-Jacob seu desgraçado, não estou com fome, volta aqui... - Mas a sua voz era tão fraca que não passava de um sussurro, e voltou a deitar-se, seu semblante era cansado, suas olheiras visíveis, seu corpo estava extremamente magro. Desci as escadas rapidamente encontrando Jacob na cozinha.

-O que aconteceu com ela?- Perguntei sério.

-Oi pra você também. Mas então, a pressão dela caiu, ela desmaiou foi para o hospital, quando acordou xingou todos e eu trouxe ela para casa.- Ele disse simplesmente.

-E os médicos sabem o que causou essa queda de pressão?- Eu estava preocupado, afinal, Bella nunca teve queda de pressão.

-Não, ela não quis falar. - Ele disse simplesmente, e continuou.- Mas assim que chegamos em casa ela me contou. - O olhei incentivando, ele olhou na janela da cozinha. - Ela disse que não esta se alimentando direito, que faz no máximo uma refeição por dia, não dorme, e vive trabalhando, pega um, dois, três casos por vez.- Ele me olhou em seus olhos vi preocupação, eu mesmo estava preocupado. - E eu me pergunto, o porquê de tudo isso, como você não viu isso Edward? Você é marido dela, deveria ter percebido, eu já vi você com várias mulheres, então eu pergunto para Bells o que está acontecendo e ela não me diz, ela fala que está indo perfeitamente bem com o casamento, mas eu vejo que vocês não estão bem. - A voz dele aumentou no final, se tornando cortante e meu coração se apertou, ela diz para todos que nosso casamento está indo as mil maravilhas, quando na verdade, ele caiu na rotina.

-Isso não é assunto seu. - Eu disse frio, ele me encarou desafiadoramente e suspirou, pegando a bandeja.

-Tem razão. - Foi para a porta, mas parou se virando para me encarar outra vez. - Só espero que isso não custe a vida da minha amiga, pois se ela ficar internada por causa desse amor que ela sente por você, eu te mato.

Dizendo isso se virou e saiu, deixando-me sozinho com suas palavras. Bella ainda me ama, isso é um fato, mas... será que eu ainda a amo?

[...]

Bella foi melhorando gradativamente, seu sorriso era forte como sempre foi. Ela voltou a trabalhar, só que com menos frequência que antes, e por algum motivo não brigávamos mais.

E com isso fazia exatos três meses que não dirigíamos a palavra um para o outro. No sábado eu saia, e ela? Não sei, talvez ficasse em casa como sempre fez desde quando a conheci.

Não estava afim de ir à casa de Tânia, nem nas casas de jogos, eu queria somente beber e pensar na minha vida, e em tudo o que estava acontecendo. Pois não estava entendendo esse meu motivo da distância de Bella me incomodar tanto.... Fui tirado dos meus pensamentos quando escuto duas vozes conhecidas.

-Bella, para de ser chata, vamos nos divertir que nem na adolescência. - Jacob disse perto do karaokê, e parei para pensar, Bella se divertindo na adolescência? Sendo que ela sempre quis ficar em casa?

-Jacob, eu tenho que trabalhar amanhã. - Sim, sabia que ela arrumaria uma desculpa, sempre foi assim, sorri percebendo que ela não mudou nada.

-Bella.... Bella.... –Jacob murmurou sorrindo, e eu só observava da mesa perto deles. - Por que depois daquele ano você sempre inventa que tem algo para fazer? - Jacob a olhou, e eu não entendi nada, ano? Que ano? O que eu perdi? - Bella, onde esta toda a sua energia? Sua alegria? Onde foi parar sua vontade de testar se seu controle para bebidas ainda funciona? - Jacob a olhou diretamente nos olhos, e ela abaixou a cabeça, espera um minuto, o que foi que eu perdi? Bella odeia bebidas, ela nunca bebeu. Jacob que não sabe do que fala, afinal ele a conheceu na faculdade, não é?

-Você sabe onde foi parar... - Ela disse em uma voz ressentida e olhando para ele, o que eles estavam falando? Que eu saiba não aconteceu nada assim com a Bella, eu a conheço desde seus quinze anos, e nada tão sério aconteceu.

-Isabella Marie Swan Cullen, está na hora de você esquecer pelo menos uma noite, o seu passado e viver o presente. Por favor, eu te imploro, só por hoje... Vamos voltar no tempo da nossa adolescência? Vamos nos divertir que nem naquela época... Sim? - Ele praticamente implorou para ela, que com um suspiro derrotado assentiu, essa eu quero ver, Bella se divertindo, isso vai ser... Interessante.

-Me dá um microfone, vamos soltar a voz. - Ela disse animada, e eu, já imaginava o desastre que seria, ela não é muito boa em se divertir. Jacob entregou o microfone para ela e quando a musica começou a tocar, ela simplesmente fez careta. - Não acredito, você ainda lembra dessa musica? - Ela estava indignada e ele gargalhou.

-Claro, foi a que a gente mais cantou juntos... lembra? - Ela gargalhou e eles começaram a cantar....

Fiz careta, para mim essas palavras tinham um duplo sentido, ele esta cantando diretamente para ela, e isso me incomodava, muito.

A voz da Bella era perfeita, eu estava realmente chocado, a cada palavra que eles cantavam, eles entravam na musica, e uma abraçava o outro, rindo, tudo na amizade. Mas que me deixou com ciúmes.

Ela dançava e requebrava, ao som que a musica permite, até tentar sambar ela tentava e eu estava... surpreso. Nunca imaginei que ela soubesse cantar e dançar assim.

Ela sempre escolhia ficar em casa, vendo um filme, ou qualquer outra coisa, e agora aqui, ela estava mostrando ser totalmente diferente da Bella que eu conheci, uma onde não é séria e nem nada do tipo, onde não tem a mente mais avançada e que sabe se divertir, queria saber o que aconteceu com ela.

Na parte do refrão, devo confessar que fiquei com ciúmes, um ciúmes que quase me deixou com cólera. Ele cantava, enquanto ela dançava fazendo uma coreografia para a musica; olhei ao redor notando que eles estavam animando o local...

Quando a musica terminou, eles se abraçaram e sorriram para o público que pedia para que eles cantassem mais. Jacob olhou Bella malicioso fazendo-a arregalar os olhos, e eu não gostei nada do que estava por vir.

-Tudo bem pessoal, agora Bella vai cantar... Womanizer.- Ele sorriu, ela fez careta, eu fiquei tenso, e o pessoal começou a vibrar em antecipação.

Bella pegou o microfone e começou a cantar e dançar ao som da musica, parecia que ela sabia que eu estava aqui, por isso cantava a musica, como se estivesse apenas eu aqui...

No refrão, ela dançava e cantava, fazendo sua coreografia perfeita, sem ser vulgar e se expressando, em uma forma incrível.

Eu bebia, vendo ela se divertir, cantando e dançando como eu nunca vi, ela parecia realmente uma adolescente, a adolescente que eu sempre quis que ela fosse, aquela que não pensa nas consequências de nada.

E pelo que vejo, ela era essa adolescente, mas algo a fez mudar, algo a fez amadurecer mais que os outros.

E se não fosse por esse motivo – que pra mim é desconhecido - ela continuaria sendo uma adolescente normal, que só quer curtir a vida e nada mais.

Ela finalizou a musica com um lindo sorriso e olhou para Jacob, que retribuiu o sorriso, eles se abraçaram e eu apertei o copo na mão, quase o quebrando. Os observei saindo do palco do karaokê e indo sentar na mesa ao lado da minha, mas eu estava escondido, não tinha como eles me verem.

-Jacob, preciso daquela vodca, de antigamente. - Bella disse para ele que gargalhou, eu estranhei, ela não é de beber como eu já disse antes.

-Só você para dar conta de beber uma dose dupla de vodca pura Bella. - Ele gargalhou chamando o garçom.

-Ah, você sabe né, quero ver se eu sou mais forte que a bebida. - Ela piscou e eles riram.

Pedi um whisky puro, queria ver até onde ela conseguiria beber e ficar tão bêbada ao ponto de não saber o que faz.

Eu a observei beber o primeiro copo de vodca, e logo em seguida beber o segundo, e um copo atrás do outro, sem parar, Jacob já estava bêbado no quinto copo, enquanto ela, parecia que a cada copo, ficava mais sã, como se não houvesse uma gota de álcool no corpo.

Por fim, ela resolveu pedir um litro de whisky fechado, e ele somente uma dose da mesma bebida, ela bebeu o liquido na boca, e mesmo assim nada fazia com que ela ficasse bêbada.

Ela sorria e conversava normalmente, qualquer um que não tivesse visto o quanto ela bebeu, passaria despercebido. E eu? Como devem ter percebido, só observava suas atitudes, ela parecia tão leve, tão... ela mesma, como a tempos eu não a via.

-Jacob. - Ela disse séria, ele com seu sorriso sacana, devolveu o olhar.

-Sim Bella? - Eles se encararam e ficaram se olhando intensamente.

- Você me faz sentir como se eu estivesse vivendo o meu sonho de adolescente. - Ela disse sorrindo, ele a abraçou e ficou assim, abraçado com ela.

Eu estava possesso, e não entendia o porquê, eu a trai durante dois anos, não a tocava fazia dois anos, o amor que eu sentia por ela acabou faz dois anos. Então... por que eu me sinto assim? Por que tenho ciúmes dela com o Jacob ou com qualquer outro que a toque? Por que eu não consigo simplesmente dar o divórcio a ela?

Eu simplesmente não sabia a resposta e isso me deixou com mais raiva ainda, se é possível. Paguei minha bebida e fui pra casa, mas no caminho encontrei Taylor, ele estava feliz, um sorriso estampado no rosto, e com isso tive uma ideia.

-Quer carona?- Perguntei parando o carro ao seu lado, ele me encarou desafiadoramente, mas sorriu.

-Só vou aceitar pois estou de muito bom humor, já que só aceito carona de loiras gostosas, e você não faz o tipo delas. - Ele disse entrando no carro, e eu suspirei aliviado, Bella também não faz o tipo dele... Mas... o que eu estou pensando? Depois de algum tempo em silêncio eu resolvi quebrá-lo.

-Taylor, você sabe por que a Bella é tão... séria? - Pelo canto do olho o vi suspirar pesadamente.

-Sim... Foi a algum tempo já...

-E por isso ela se fechou tanto, por isso ela é essa mulher responsável que é hoje, e tudo o que ela faz é o certo, pode ter certeza. - Ele terminou a historia dela me deixando chocado. Como uma mãe tem coragem de fazer isso com a própria filha? Como a própria Bella superou isso sozinha?- Sabe Edward, você tem sorte de ter a Bella como esposa, muitos a quiseram na faculdade. - Taylor disse após um tempo e eu o olhei sem entender. - E um deles foi meu irmão. –Ele riu, e eu fechei a cara. - Mas, ela por incrível que pareça sempre quis você, nunca te traiu e nem nada parecido. Só espero que você esteja dando valor a mulher que você tem Edward, pois quando você perceber pode ser tarde de mais...

Dizendo isso ele saiu do carro e foi para seu apartamento, e eu voltei pra casa pensando em tudo o que aconteceu hoje. Na historia da minha esposa que era desconhecida por mim, afinal, eu nunca me interessei, na forma como ela era antes de me conhecer...

Cheguei em casa, subi para meu quarto, peguei minha toalha e fui tomar banho, para ver se eu relaxava e a minha mente veio tudo o que aconteceu hoje, e em todas as informações que eu descobri.

Deitei-me na cama e deixei o cansaço me dominar. Estava quase pegando no sono, quando ouço a porta se abrir. Abro minimamente os olhos e vejo que são três da manha, fazendo exatamente meia hora que deitei. Ouvi o chuveiro abrir-se, e uns dez minutos depois um peso na cama ao meu lado.

Queria poder abraçar ela, queria dizer que não sei quando comecei parar de amá-la, e que sou egoísta de mesmo assim, sabendo que não a amo, deixá-la ir. Queria dizer a ela, sobre minha confusão, claro que eu sei qual será sua reação: me ouvir, e depois me abraçar, dizendo palavras que me animem, como ela sempre fez. Com esses pensamentos dormi, um sono sem sonhos.

[...]

Um mês se passou, desde que eu soube que da historia da Bella, e nossa situação continua a mesma, no outro dia acordamos no mesmo horário, oito da manhã, era a primeira vez depois de muito tempo que fazíamos algo juntos, mesmo que em silêncio.

-Já vai?- Perguntei quando vi que ela já estava quase saindo, ela se virou pra mim, com a confusão em seus olhos.

-Sim, o caso que eu peguei esta realmente complicado, por isso posso não chegar hoje. - Ela sorriu fracamente e saiu pela porta.

Meu celular começou a tocar, era Tânia, minha amante a mais tempo, me ligando para perguntar que horas que eu passaria da casa dela. Sim, eu iria sempre de manha na casa dela para fazer o que não fiz a noite: sexo. Dos mais selvagens, e calmos que já fiz, para me aliviar, e deixar o estresse de lado. Não sei por que, mas pela primeira vez dispensei Tânia, dizendo que precisava de um tempo para falar com Bella sobre nosso casamento.

Eu estava pensando dessa vez, em ficar com Tânia, e deixar a Bella livre, sim, como não amo mais ela, vou deixar meu orgulho de lado e ficar somente com Tânia. Já que essa noite – assim como as outras - pensei a respeito disso, e vi que eu realmente amo Tânia e não Bella.

Estava terminando de me arrumar para ir a empresa, quando o telefone de casa começa a tocar, o atendo rapidamente.

-Alô?- Pergunto não reconhecendo o numero da bina, e uma voz grossa responde.

-É da casa da senhorita... Isabella Swan Cullen? - Perguntou indeciso, bufei, será que Bella está me traindo pela primeira vez na vida?

-Sim quem deseja? - Já estava com raiva, se fosse o amante dela, por que ele ligaria para casa e não no celular dela? Eu não precisava saber que também tenho chifres.

-Aqui é o sargento Emmett Brandon, e... Com quem eu falo? - Sargento Brandon? Esse não era o nome do chefe dos bombeiros da cidade? Casado com Rosalie Halle? Será que eles estão tendo um caso mesmo?

-Eu sou o marido dela. - Bom, era isso que os papéis diziam.

-Ah, bom, então vou direto ao assunto, ela sofreu um acidente, ela estava no aeroporto esperando o embarque do vôo para a Europa, quando o avião que ia decolar para a Ásia explodiu, fazendo seus pedaços voarem longe, e uma parte da hélice e da asa do avião conseguiu quebrar os vidros, e atingiu varias pessoas, e uma delas foi a Sra. Cullen.– Eu estava assustado, viajar? Bella não comentou nada comigo que iria viajar, mas claro, havia o fato de que não estávamos falando a uma semana, peguei os dados do aeroporto e antes de desligar o sargento Brandon completou. - É apenas para reconhecimento do cadáver.

Estanquei com suas palavras e o telefone ficou mudo. É apenas para reconhecimento do cadáver. Reconhecimento do cadáver.

Essas palavras ecoavam em minha mente, enquanto dirigia para o aeroporto indicado. Ao chegar lá havia vários jornalistas, pessoas curiosas e familiares chorando em cima de cadáveres, o estrago era enorme.

-Senhor Cullen? - Um cara musculoso, alto, que reconheci a voz me chamou.

-Sim...

-Venha ver se é o corpo de sua esposa. - A seriedade em sua voz era tanta que me passou um arrepio pela coluna.

O segui até uma ambulância, e retirou a capa que estava em cima do corpo, e eu paralisei, deixando as lágrimas rolarem pelo meu rosto.

Corri na direção do corpo ensanguentado de minha esposa, e me debrucei chorando, não, por que ela? Por que ela e não eu?

-Bella, acorda, por favor, acorda abra os olhos pequena... Por favor.- Eu murmurava e batia em seu rosto gelado, e todo machucado. Senti uma mão no meu ombro.

-Sinto muito. - Sargento Brandon disse saindo de fininho, me deixando com o corpo da minha mulher.

-Bella, meu amor, minha bruxinha, minha pequena, acorda, eu te imploro, por favor... eu te amo Bella. Volta pra mim, por favor... - Eu pedia desesperado. Sim, eu a amo e só agora eu realmente percebi isso, somente agora eu entendi o ciúmes que eu sentia por ela com seus amigos era por puro amor. Eu ainda a amava, voltei a perceber isso tarde de mais... E as palavras de Taylor vieram a minha mente: Só espero que você esteja dando valor a mulher que você tem Edward, pois quando você perceber pode ser tarde de mais...

-NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!- Eu gritei, tentando tirar toda a minha dor, tentando – em vão - fazer com que ela escute e volte pra mim.

Fui para casa, e resolvi tomar um banho, tenho até 48 horas para providenciar o enterro, olhei pra cama, com os olhos embargados, e cai nela, chorando. E logo adormeci...

[...]

-NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO.- Eu gritava em cima de seu corpo, com sargento Brandon atrás de mim.

-Edward, acorde... - Ele me chacoalhava, mas eu continuava a chorar sobre o corpo da mulher que eu amo. - Edward... Acorde... - E então como um sopro, voltei a realidade, como se um peso tivesse sido tirado de mim, eu estava suado e me debatendo .- Edward, vamos abra os olhos... - Aquela voz, esse toque. Não, eu deveria estar sonhando. - Oras, vou ter que tacar água gelada em você? - A voz dela era tão... Real.

-Não quero abrir os olhos. - Falei meio manhoso, o que a fez gargalhar, uma gargalhada gostosa que a tempos não ouvia.

-Vamos Edward, pare de gracinha, foi apenas um pesadelo. - Ela dizia passando a mão na minha testa secando o suor.

Abri os olhos, e... Ela estava ali, seus olhos castanhos mel, me fitando sem entender nada, corri os olhos no calendário do quarto e vi: 20 de agosto de 2010 e então compreendi, será que eu sonhei tudo isso? Um sorriso apareceu no meu rosto e a abracei, ficando por cima dela.

-Ah Bella, você está aqui, está viva... - Eu dizia enquanto beijava seu rosto inteiro. - Não posso acreditar, ah como eu te amo...

-O que você disse?- Não consegui decifrar o que vi em seus olhos, sorri e lhe dei um selinho.

-Eu te amo, te amo, te amo e te amo. - Eu dizia em meio aos selinhos, ela sorriu.

-Eu também te amo.- Eu sorri pra ela, colando nossos lábios.

Pedi passagem com a língua, e ela logo aceitou, nossas línguas faziam uma dança, perfeitamente erótica, onde tentavam travar uma disputa de quem ganhava, mas também, uma sentindo o calor da outra, uma sentindo a maciez da outra, sentindo os nossos gostos se misturado. Era uma mistura de menta, hortelã, chocolate e avelã.

Minhas mãos percorriam pela lateral do corpo dela, apertando onde eu tinha direito, e onde conseguia, sem nunca desgrudar meus lábios do dela.

Retiramos toda a roupa que usávamos, e eu fiquei encarando aqueles seios perfeitos, durinhos, que cabia exatamente na minha mão aberta e apertei levemente, fazendo nós dois gemermos, um na boca do outro.

Quando o ar ficou escasso, separei nossos lábios, mas nunca tirei a boca de seu corpo, primeiro beijando a clavícula de seu rosto, depois beijando seu pescoço, seguindo para o colo e logo após os seios.

Eu beijava, lambia e principalmente chupava, como uma criança que precisa do leite materno. Uma de minhas mãos acariciava o outro seio, e a outra mão foi descendo por seu corpo, até chegar no seu sexo, onde estava totalmente depilado, e sem nem um pelo, como eu gosto.

Percebi que ela já estava molhada, e então a penetrei com dois dedos de uma vez, fazendo-a gemer, enquanto ainda trabalhava em seus seios com a boca e a mão livre.

E ela não ficou pra trás, uma de suas mãos segurou meu membro, e começou a massagear, na mesma velocidade que eu a bombeava com meus dedos em seu sexo.

A sua mão livre foi para meus cabelos onde ela me apertava mais contra si, e rebolava seus quadris na minha mão, não aguentamos muito, e gozamos um na mão do outro.

Voltei a beijá-la, e me esfreguei mais e mais nela, fazendo-a delirar, e se acender mais ainda se é possível, ela me apertava e eu a apertava, até que ela me fez deitar na cama, e ficar em cima de mim.

Me dando um sorriso malicioso, ela desceu com beijos por todo meu corpo, peito, barriga, coxa e quando ela beijou minha virilha, eu gemi alto, olhei pra ela, que sorriu sacana, e sem aviso nem um, caiu de boca no meu membro.

Começou a sugá-lo, lamber, mordiscar, e fazer tudo o que ela sabe que eu gosto, me levando a loucura e não demorando muito para eu gozar em sua boca, e ela como uma boa garota, bebeu tudo, e para piorar lambeu a cabecinha, me fazendo ver estrelas.

-Ah sua diaba. - Eu disse, pegando-a pela cintura, e a tacando na cama, lhe dando um beijo quente. - Vai me pagar por isso.

Desci beijando todo seu corpo, vendo como ela encorpou de uns tempos pra cá, beijei outra vez seus seios, barriga e virilha. E quando cheguei em seu sexo, lambi a fenda que havia ali, arrancando gemidos incríveis dela, o que me fez ficar louco.

Comecei a sugar sua fenda, e passar a língua em seu clitóris, estimulando-a, não aguentando, a penetrei com a língua, fazendo com que ela gemesse e gritasse meu nome, não demorando muito para logo em seguida gozar na minha boca, não deixei nada cair fora, lambi tudinho.

Beijei-a novamente, fazendo o desejo que eu sentia por ela voltasse, fazendo nós dois gemermos, e sem prévio aviso, penetrei-a. E dessa vez urramos de prazer, fiquei parado somente sentindo nossos corpos um dentro do outro, o que fez Bella fazer um biquinho lindo, e começar a rebolar em baixo de mim.

Comecei a me mover lentamente dentro dela, beijando-a. Nossos corpos faziam uma dança perfeitamente sincronizada, começamos a aumentar o ritmo ao mesmo tempo, nossos corpos se chocavam e nunca perdemos o ritmo do beijo, até que gozamos ao mesmo tempo, fazendo nossos gemidos ser abafado por nosso beijo.

Cai em seu corpo, deixando minha cabeça em seus seios, sua mão logo foi fazer cafuné em meus cabelos.

-Bella... Me desculpe?- Eu pedi ainda com a cabeça em seus seios. - Me desculpe por te fazer sofrer, me desculpe por ter sido um idiota e ter pensado que eu não amava mais você? - Perguntei aspirando seu cheiro que me inebriava, pude ouvir o coração dela acelerar.

-Edward, você sabe que eu te amo, e sabe que eu te desculpo. - Ela disse e uma felicidade incrível tomou conta do meu ser.

-Obrigado. - Levantei a cabeça sorrindo e a beijei, deitei na cama e trouxe seu corpo para mais perto do meu, nos abraçando e escovando seus cabelos, enquanto ela fazia o mesmo comigo.

-Eu estava morrendo de saudades de ficar assim com você. - Ela disse cheirando meu pescoço, dando um beijo ali, o que me fez arrepiar.

-Bom, agora é para sempre. - Eu disse beijando o topo de sua cabeça, ouvi ela rir maliciosamente, e antes que eu pensasse em algo, ela já estava em cima de mim, encaixada outra vez.

-Pensou mesmo que depois de tanto tempo irei me contentar com essa rapidinha que tivemos aqui? Claro que não, hoje você é só meu, senhor Cullen. - Ela disse sorrindo maliciosamente, voltando a cavalgar – literalmente - em mim, subia até a cabeça de meu membro e voltava com tudo, me fazendo urrar e ver estrelas.

-Ainda bem que não senhora Cullen - Disse sorrindo e lhe dando um beijo, enquanto ainda cavalgava sobre mim.

Meu dia seria longo e prazeroso, literalmente. Pois ela me dava prazer como ninguém. E eu precisei de um maldito sonho, para acordar, e ver que ela é a mulher que eu sempre quis, a mulher da minha vida, a única que ocupa meu coração, e ninguém poderá substituí-la.

E tenho toda a certeza, que essa mulher é aquela que me fará feliz pelo resto da minha vida, e mais um pouco.